
No tempo em que Hollywood ainda era dourado.
Uma da grandes imagens de marca do cinema clássico americano são os musicais. West Side Story foi um dos mais aclamados de sempre, com todo o mérito.
A história é pouco original, pelo menos agora, mas carrega consigo uma magia que já não vemos no cinema americano. Uma adaptação contemporânea (à época) de Romeu e Julieta, musicado, em que o romance serve apenas de pano de fundo para retratar um dos aspectos negativos da chamada Terra das Oportunidades, a América.
É preciso ser apreciador do género para retirar algum divertimento do filme porque este é, quase na sua totalidade, cantado e dançado. Mas, quanto a mim, essa é a sua melhor qualidade. As coreografias são estudadas e interpretadas com muito sentimento, adequando-se na perfeição às músicas e ao contexto em que surgem. Os temas são inesquecíveis e é impressionante como alguns deles se mantiveram tão presentes até hoje. Dei por mim arrepiado a ouvir pela primeira vez "Maria" e "America", na versão em que originalmente apareceram, depois de as ouvir cantadas tantas outras vezes por diversos artistas e de eu próprio as cantarolar de vez em quando.
A montagem do filme é especialmente exímia e prova que, ao contrário do que muitos pensam, nos longínquos anos 60 conseguiam-se fazer filmes com melhor qualidade técnica do que muita coisa que por aí se vê hoje em dia.
No conjunto, poderá já não ter o impacto que teve à 40 anos atrás mas mesmo assim continua a ser uma referência para os amantes de musicais puros.   A minha classificação é de: 7/10Etiquetas: Criticas |